Como começar a fazer compostagem em casa?
Mais da metade do lixo gerado no Brasil é composta por resíduos orgânicos, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. O descarte desse material misturado com resíduos de difícil degradação em aterros sanitários e lixões dificulta a biodegradação e sobrecarrega essas áreas.
Para ajudar a mudar esse cenário, a frente ECO do Comitê de Responsabilidade e Desenvolvimento Socioambiental (CORDS) do Grupo DB1, formado por empresas de tecnologia com sedes no Brasil, Argentina e Estados Unidos, promoverá uma live gratuita que, além de trazer algumas informações sobre os impactos da geração de lixo ao meio ambiente, dará dicas sobre os primeiros passos para quem quer iniciar a compostagem doméstica.
Meio-ambiente e conscientização
Além de conscientizar a sociedade sobre o tema da compostagem, sua importância e benefícios, a sessão explicará alguns tipos de compostagens, facilidades e dificuldades para diferentes tipos de ambiente, além do que pode ou não ser descartado e como evitar mau cheiro ou atrair bichos.
Com o tema “Compostagem: um novo jeito de olhar seu lixo”, a live será apresentada pela engenheira e educadora ambiental Marjolly Shinzato no dia 20 de agosto, das 18h às 19h. Os expectadores também participarão do sorteio de uma composteira doméstica.
Dicas de especialista ambiental
Doutora em Ciências pela USP e mestre em Tecnologias Ambientais pela UFMS, o trabalho de Marjolly em educação ambiental foi contemplado com o Prêmio Ecologia e Ambientalismo, recebendo a medalha Legislativa “Francisco Anselmo de Barros” pela Câmara Municipal de Campo Grande/MS.
“A compostagem doméstica alivia muito a gestão da quantidade de resíduos que será enterrada no aterro sanitário. Uma vez enterrado, forma-se uma montanha de lixo que ficará lá para sempre. O que é melhor, fazer a compostagem e transformar esses resíduos em nutrientes para adubar plantas, árvores, jardins, hortaliças e hortas ou criar montanhas de lixo cada vez maiores espalhadas pelo Brasil?”, questiona Marjolly.
Geração de renda
Quem faz a compostagem com o minhocário, por exemplo, tem dois produtos. De um lado o adubo orgânico sólido que parece a terra preta, e de outro um líquido conhecido como chorume, que também é um fertilizante natural. Os dois produtos podem ser usados em casa, dados para amigos ou até vendidos.
“O chorume orgânico é muito requisitado por quem trabalha com hortas e jardins, por ser muito rico em nutrientes e ter pouca produção, principalmente nos grandes centros urbanos”, garante a ambientalista.
“Eu ressalto que para quem tem filhos a compostagem é maravilhosa. Eles também participam desse processo de mudança, falam na escola, veem as minhocas trabalhando e entendem esse processo de ciclagem natural. É muito bacana”, recomenda Marjolly.
Responsabilidade Social Corporativa
Para Estela Teodoro, líder do CORDS, a ação está totalmente alinhada com o propósito do Comitê, já que uma das frentes de trabalho do grupo é a realização de atividades em prol da conscientização e preservação do meio ambiente. “Já foram realizadas campanhas de economia de energia e água, reutilização, coleta e reciclagem de materiais e resíduos, além do plantio de árvores e agroecologia, e agora é a vez da compostagem doméstica de lixo orgânico. Acreditamos que esse tema faz muito sentido para o atual momento, pois estamos produzindo ainda mais lixo orgânico em nossas casas.”
Serviço:
Live “Compostagem: um novo jeito de olhar seu lixo”
Data: 20 de agosto
Horário: das 18h às 19h
Link: https://youtu.be/FfvAYqfPotc