Duque de Caxias | 03 de julho de 2010 - 20:59

História

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Origem do nome

A cidade deve seu nome ao patrono do Exército Brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido na região em 1803.

História

A partir de 1566, começaram a chegar os primeiros colonos nas terras do atual município de Duque de Caxias, localizando-se principalmente nos vales dos rios Meriti, Sarapuí, Iguaçu e Estrela, assim como na orla praiana, dando início à exploração do solo e das riquezas naturais do lugar.

A ocupação do território foi motivada pelo interesse dos governos do Rio de Janeiro em colonizar e cultivar as terras que circundam a Baía de Guanabara.

Entre os beneficiados com as primeiras concessões de sesmarias na região, figura Braz Cubas, que, segundo observa José Mattoso Maia Forte em seu livro "Iguassu", outro não deve ser senão o grande provedor da Fazenda Real, a quem a Cidade de Santos deve a sua fundação. Concedeu-lhe o Governador, em 1568, nada menos de 3.000 braças de terra, de testada, pela costa do mar e 9.000 de fundos, pelo Rio Meriti, "correndo pela piassaba da aldeia de Jacotinga".

Por essa descrição conclui-se que a sesmaria de Braz Cubas atingiu terras de dois dos atuais municípios fluminenses.

Segundo Monsenhor Pizarro, em suas Memórias, não se tem notícia de assistência religiosa à população em período anterior a 1612, mas, quando se refere à freguesia de Nossa Senhora do Pilar lê-se que "o visitador Araújo fixara o ano de 1637 como o da criação da freguesia, servindo de capela curada a de Nossa Senhora das Neves", construída em área doada por Manuel Pires e sua mulher. Em 1696 ter-se-ia fundado a capela do Pilar, "pouco distante da matriz atual (1820)", passando para a mesma o título de paróquia.

A "matriz nova" fora construída nas margens do Rio Pilar com auxilio da Fazenda Real, e mais tarde, reconstruída com luxo, com as esmolas da gente rica ou pobre que por ali passava, descendo das regiões de serra acima. Acrescenta Pizarro que em torno da matriz existente em 1820, época em que foram publicadas suas Memórias, havia um bonito arraial em que "habitava por todo o ano porção notável do povo" (José Mattoso Maia Forte - Iguassu).

Alguns anos depois de criada a freguesia, surgiu na mesma zona da Baixada Fluminense outra povoação, fundada primeiramente com a denominação de São João Batista de Trairaponga, em uma elevação fronteira à baía, logo adiante da foz do rio Meriti.

Criada durante a prelazia de Dom Antônio Marins Loureiro (1644), recebeu o reconhecimento régio por força de Alvará datado de 1647.

Há noticias de que a primeira capela dessa freguesia existiu no lugar então conhecido por Trairaponga, até pouco depois de 1660, época em que perdeu a categoria de sede para outro templo existente nas proximidades do Rio Meriti. Passados alguns anos, tendo-se arruinado o prédio dessa Igreja, foi novamente desviado o núcleo social e religioso da freguesia para a zona portuária, onde por essa época João Corrêa Ximenes havia construido outra capela, em 1708, dedicada ao culto de Nossa Senhora da Conceição.

Em 1747 voltou o núcleo social a localizar-se às margens do Rio Meriti, no lugar onde outrora se erguera o templo que substituíra a capela de Trairaponga. Por esta época passou a localidade a ser conhecida pelo nome de Freguesia de São João Batista de Meriti.

A partir de então, grande foi o progresso dessa região; seus rios, então desobstruídos, davam fácil escoamento aos produtos da lavoura. A navegação de pequenos barcos se fazia francamente, por muitas léguas de sertão a dentro, onde o braço do escravo tornava rendosa a exploração agrícola.

A revista do Instituto Histórico, tomo 76, pt.1, consigna que, no período compreendido entre 1769 e 1779, a freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Iguaçu possuía um engenho de açúcar, pertencente ao Capitão Luciano Gomes Ribeiro; esse engenho fabricava 40 caixas desse produto e 17 pipas de aguardente, nele trabalhando 74 escravos.

Três engenhocas fabricavam aguardente: a de Matheus Chaves, a do Capitão Pedro Gomes de Assunção e a do Capitão João Carvalho de Barros. Produzia, também, a freguesia 13.000 sacos de farinha, 100 de feijão, 150 de milho e 2.100 de arroz, e o seu comércio fazia-se pelo rio, no qual se contavam 9 portos, com 18 barcos e 1 lancha. Servindo a grande parte da região costeira da Guanabara, existiam, nessa época, 14 portos, espalhados desde o rio São João ou Meriti até o Sarapuí.

Durante muitos decenios, as lavouras de cana, arroz, milho, mandioca e feijão existentes nas terras do atual Município de Duque de Caxias proporcionaram aos seus proprietários a acumulação de fortunas consideráveis para a época e para o meio.

Em 15 de janeiro de 1833, quando o Decreto da Regência erigiu em vila a povoação de Iguaçu compreendeu em sua jurisdição as terras que hoje fazem parte do município de Duque de Caxias e que à época constituíam território das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar.

Ainda por alguns anos, notável foi o progresso observado nessa região. Somente pela metade do século XIX começou a fase de decadência. A devastação das matas trouxe como resultado a obstrução dos rios e conseqüente extravasamento, com a formação de pântanos, que tornaram a região praticamente inabitável. Abandonadas, as terras, outrora salubres e férteis, cobriram-se rapidamente da vegetação própria dos mangues.

Em 30 de abril de 1854, Irineu Evangelista de Souza, depois Barão e Visconde de Mauá, inaugurava a primeira estrada de ferro do Brasil, tendo realizado a construção de 14,5 km, entre o porto de Mauá e a fazenda do Fragoso, nas imediações da raiz da serra da Estrela. Dois anos mais tarde, os trilhos atingiam a povoação de Raiz da Serra.

Em 23 de abril de 1886, outro trecho ferroviário foi inaugurado pela "The Rio de Janeiro Northern Railway" ligando a Cidade do Rio à Estação de Meriti, onde, mais tarde, surgiria a povoação que deu origem à sede do atual município de Duque de Caxias. Meriti, hoje Duque de Caxias, deve, em grande parte, o seu reerguimento ao iniciador das obras da Baixada Fluminense, Nilo Peçanha.

Foi em virtude do esforço desse estadista que Meriti conseguiu obter água potável, mediante ligação à rede geral que abastecia a Cidade do Rio de Janeiro. A esse importante melhoramento seguiu-se outro: o prolongamento das linhas da Estrada de Ferro Leopoldina, até a zona marginal do antigo "Mangue", situado na "Praia Formosa", o que motivou o aumento do número de trens e de viagens, melhorando o sistema de transportes entre a localidade e a Capital da República.

Com a abertura da Estrada Rio-Petrópolis, ainda mais próspera se tornaram a Estação de Meriti e suas adjacências. Data de então o fracionamento das grandes propriedades locais, organizando-se empresas destinadas ao loteamento.

A 14 de março de 1931, foi criado o Distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti e formado pelo território desmembrado do Distrito de Meriti pertencente ao então Município de Iguaçu (atual Nova Iguaçu).

Rápido foi o progresso do novo Distrito, que em 31 de dezembro de 1943 foi elevado à categoria de Município, sob a denominação de Duque de Caxias e tendo por sede a antiga Estação.

Desde que se tornou autônomo, o município recebeu grande impulso em sua economia. A localização, em seu território de um parque de indústrias entre as quais a Fábrica Nacional de Motores, constituiu fator de desenvolvimento acelerado, a que a refinaria de petróleo, com seu extraordinário conjunto petroquímico em expansão, deu rápido e considerável estímulo.


Fonte: IBGE


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