Estudo aponta que pessoas fisicamente ativas não estão livres da forma grave da Covid-19
Que a prática de atividade física é importante para a saúde ninguém duvida. Tanto é que em meio à pandemia os exercícios ganharam ainda mais destaque na rotina das pessoas. No entanto, se engana quem pensa que os fisicamente ativos estão imunes à forma grave da doença.
Um novo estudo realizado em parceria com o Laboratório de Metabolismo Ósseo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) analisou 209 pacientes com Covid-19 em sua forma grave e internados no Hospital das Clínicas (HC) da FM-USP e no Hospital de Campanha do Ibirapuera, em São Paulo.
Os resultados indicaram que o fato de os pacientes terem o hábito de se exercitar regularmente não foi determinante para evitar os sintomas mais severos do vírus.
Essa descoberta é fundamental para alertar a população sobre a importância dos cuidados preventivos que devem ser adotados por todos, como manter o distanciamento físico, a higienização das mãos e o uso correto da máscara.
Até porque, de acordo com a pesquisa, outros fatores de risco como doenças cardiovasculares, idade avançada, diabetes e obesidade ainda são mais determinantes no quadro clínico grave da Covid-19 do que a prática de exercícios.
Por isso, até que cerca de 80% da população esteja vacinada, ninguém estará totalmente a salvo da doença e suas consequências. E, para se ter uma ideia, hoje, a vacinação na baixada fluminenses continua focada apenas nos idosos e nos profissionais da saúde.
Praticar ainda é o melhor remédio
Mas isso não significa que não haja benefício na prática constante de exercícios físicos. Outra pesquisa, realizada com 938 brasileiros que contraíram a Covid-19, mostrou que o tempo de hospitalização de pacientes contaminados com o vírus foi 34,3% menor entre aqueles que praticavam atividade física.
Isso se dá porque, de acordo com Andrey Duarte, editor de Esportes do Saudavel&Forte, uma rotina de exercícios ajuda o organismo a reagir melhor no tratamento de doenças crônicas, além de fortalecer a imunidade e prevenir algumas doenças infecciosas.
Por isso, Andrey recomenda que, mesmo em situações de lockdown, no qual as academias de ginásticas e outras atividades físicas e esportivas estejam fechadas e/ou paralisadas, as pessoas devem se esforçar e encontrar motivação para praticar algum tipo de atividade física em casa.