• Baixada Fluminense | 14/12/2025 - 10:28
Enviado por Demétrio Sena em

AS EMPRESAS E OS NOVOS TEMPOS

Demétrio Sena - Magé 

Um empresa que adota ou promove chefes "brabos" e centralizadores está prestes a falir. E a que avançou até então, com essa postura, está prestes a regredir, perder espaço e funcionários essenciais para empresas que se modernizaram nas questões humanas. Ficará com os chefes e seus todos poderes, que buscarão na realidade melancólica de pessoas conhecidas há muito desempregadas, a mão-de-obra que topa tudo por gratidão. Gratidão que não será producente, pois os chefes seguirão centralizadores, repressores e personalistas. Utilizarão a utilidade básica dos novos subalternos para mostrarem o quanto são competentes sozinhos. Como empresa precisa deles e mais ninguém qualificado, para dinamizar engenhos e metas.

Por mais que um país empodere o trabalho análogo à escravidão, com leis que favorecem apenas as empresas e seus mandantes mandados de luxo e confiança, como foi fomentado no goberno anterior  os tempos são outros. Governos de posturas e políticas avançadas nessa visão do outro e dos talentos individuais a serviço do coletivo criam leis que forjaram novas mentalidades. Trabalhadores qualificados e até operários diligentes, de mentalidades amplas, já não se prestam por muito tempo a prestar serviços para um grupo egoísta, centralizador, tirano, fomentador de elites e guetos em seus quadros funcionais. Empresas que nos lugares de chefes, contratam ou ascendem capatazes que tratam liderados aos solavancos e ainda exploram às escondidas os talentos da equipe. Tudo para mostrarem ao quadro diretor bisonho e dominado, que fazem tudo sozinhos ou que tudo só se torna possível graças a eles.

Empresários deveriam aprender com o futebol. Um time depende, sim, de um bom técnico/treinador. Mas o bom técnico/treinador/chefe tem que exigir e dar liberdade. Treinar e delegar decisões, poderes e responsabilidades. Utilizar, reconhecer e deixar que os talentos individuais atuem pelo coletivo, sem tentativas de mostrar que todos os talentos são seus. Talentos querem voar e se expor; pessoas querem trabalhar com autoestima e recompensa em formas de salário e reconhecimento individual e coletivo. Você, empresário, já percebeu que se um time não está bem, geralmente quem é demitido é o treinador? Se toda a equipe vai mal, se os talentos existentes não estão se sobressaindo, é preciso reconhecer que algo não está bem na liderança.

Empresa que só atua como empresa; não desenvolve seu necessário lado humano, jamais despontará no mercado, como grande. O imenso número de profissionais excelentes que sempre deixam seus quadros, mesmo em fases melhores de país, já depõem, por si só, contra ela. E essa instabilidade funcional em razão do regime desumano e sem um olhar para os novos tempos, nunca será favorável à formação de uma equipe bem entrosada, cujos membros entendam bem o seu engenho funcional... cujo time jogue a contento, porque os talentos se conhecem há tempos e se ajudam; dão passes certeiros às pessoas certas, que agradecem e fazem gols. Uma empresa é um time. Não avança com prioridade exclusiva para os cartolas e treinadores.

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Respeite autorias. É lei 

 

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