DOS COLETIVOS E DA COLETIVIDADE
Demétrio Sena - Magé
Hoje, o motorista do ônibus que "peguei", de Fragoso a Suruí, abriu a porta dianteira com um cabo de vassoura. Fez isso por todo o trajeto. Para cada passageiro que embarcava, empurrava a porta com aquele "c@cete". Essa "operação" contínua, evidentemente atrasou bastante a viagem. Não era culpa do motorista, mas alguns passageiros o trataram bastante mal. Ele respondia bem. Com educação.
O que aquele trabalhador fez, foi "dar seu jeito". É assim que vivem os trabalhadores: dando seu jeito para fazer o melhor nas piores condições, pois do contrário, perdem seus empregos. Quem nunca "dá seu jeito" são os patrões (os empresários) e o poder público através dos órgãos fiscalizadores, com a obrigação legal de fazer. De fazer bem. De atender à sua clientela com respeito e dignidade.
Na sociedade como um todo, as minorias, que são a grande maioria da população, vivem como podem; à base do inacreditável. Empurram a vida com um c@cete precário, marcadas pela impotência e a desesperança em relação ao futuro próprio e de seus dependentes. São tantas portas fechadas para quem mais precisa... e tais portas, as mais necessárias, quem mais precisa não abre... nem a c@cete.
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Respeite autorias. É lei