NÃO DOMINO A LITERATURA MAGEENSE
Demétrio Sena - Magé
Recebo mensagens privadas me indagando sobre a minha não participação nas feiras literárias de Magé. Não entendo a indagação. Nem a indignação de alguns. A própria municipalidade, a iniciativa privada ou a pessoa física que promove o evento não tem obrigação expressa de me convidar. Mesmo porque, isso exigiria um boa dose de imparcialidade, pois não sou presente nos ativismos partidário-culturais do município nem tenho proximidade com os nomes mais atuantes em eventos mageenses desta natureza.
Acompanho do meu canto, com olhar bastante animador, o evento em questão. Vejo a inclusão de muita gente boa, das letras e das artes, que merece muito participar. São poetas, músicos e artistas plásticos que se mantém cotidianamente no cenário cultural mageense, além de terem, evidentemente, uma boa proximidade com os promotores habituais dos eventos do município. Vejo méritos reais e, se todos os anos participo da FLIG - Feira Literária de Guapimirim - município vizinho -, não é porque sou nome de relevância regional nem naquela cidade, e sim, porque alguém ligado àquela produção propagou meu espetáculo e assim surgiu o convite que ainda perdura.
Só tenho a parabenizar, a quem promove a Feira Literária de Magé. Não domino a literatura mageense; a FLIM não sofre nenhum buraco pela minha ausência. Passei por lá e vi excelentes apresentações no tempo em que me detive como expectador. Espero que o evento continue por longos anos, com o mesmo sucesso e com esse trabalho de fomento à cultura mageense, em especial à literatura e aos seus muitos talentos genuínos, com a descoberta contínua de novos talentos. Minha cidade merece despontar nesse campo.
Este texto reflete, obrigatoriamente, apenas o meu pensamento.